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Os demonios somos nos

  • Foto do escritor: camomilablogg
    camomilablogg
  • 7 de out. de 2018
  • 1 min de leitura

Eu resolvi deixar as coisas mais leves.

Os pensamentos, os amores, as minhas contradições e exigências, até mesmo a revolta nas redes sociais.

Eu tenho aprendido que algumas coisas não valem a pena gritar. Tudo que é muito alto ensurdece, desnorteia. Luzes brilhantes demais cegam os olhos.

Assim também são as verdades.

Ainda não encontrei a sutileza de que preciso. E, se sou assim,é por que raras vezes fui ouvida sem escândalo.

As pessoas não sabem ouvir as frequências mais baixas. Entre 8 e 80, elas costumam menosprezar o que está abaixo do 80.

Eu já tive medos menosprezados que só foram devidamente entendidos após gritos e choro.

O fato é que falta empatia e escuta, falta olho no olho, sensibilidade.

Eu acredito que todos temos um rádio interno e estamos acostumados a ajustá-lo em frequências altas, agressivas, hostis. Não é atoa que candidatos radicalistas atraem multidões.

A sutileza é pouco cultivada, pouco ensinada, pouco reproduzida. A sutileza incomoda, por que ela implica em trabalho árduo e constante. Implica em policiamento do nosso pior lado, nossas piores ideias.

É mais cômodo aceitar o barulho, a justiça com as próprias mãos, a revolta.

Mas, um dia, você acorda com um gosto amargo na boca e percebe que alguma coisa no seu peito não vai bem. E, como uma infecção, o amargor se alastra, e você percebe que não está sendo o melhor que poderia ser.

Isso é o contrário de amor. E não, não é ódio, é pior do que isso, é uma podridão, é uma desumanização de si mesmo.

Os demônios somos nós.



 
 
 

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