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  • 2 de dez. de 2018
  • 1 min de leitura

O que seria desse mundo sem os jovens?

Sem a nossa ignorância, impetuosidade e rebeldia?

Sem nossos gritos nas ruas e nossa força nas multidões?

Sim, nós somos ignorantes e imaturos, mas nós amamos.

Nós compreendemos, respeitamos o novo, e trazemos novos ares ao mundo.

Somos corajosos e lutamos contra os covardes, a favor daqueles que não podem ou não sabem lutar.

Encha a sua sala de títulos acadêmicos e troféus, enquanto enchemos as bocas dos famintos, e os olhos de esperança, e as vidas de compreensão, amor, acolhimento.

Enquanto você estuda, nós conhecemos.

Enquanto você destrói, nós construímos.

Enquanto você está trancado em sua sala de concreto, nós estamos lá fora.

Enquanto você chicoteia, nós lutamos.

Enquanto você tenta nos enfraquecer, aí é que nos fortalecemos.

Chame-nos do que quiser! Burros, ignorantes, arrogantes e impulsivos...

Nós somos o futuro.

Nós somos amor e energia.


Experiência sem abertura para o novo se torna conservadorismo, engessa o conhecimento.


"Conheça todas as teorias," disse Jung "domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana,seja apenas outra alma humana."


 
 
 
  • 28 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de out. de 2018

Preste atenção:

O mal não está fora.

O mal não está só no criminoso, no ser humano que doou seu coração ao ódio e fez o pior.

O mal também está dentro, em cada um de nós, sussurrando, incitando as escolhas ruins.

A Terra é um lugar confuso. Quase sempre nada é claro e o olhar humano é limitado. As emoções embaçam nossa visão, nos fazem ver "salvadores" e "messias", com suas respostas prontas, suas soluções mágicas, e nós compramos a ideia de que "os outros" são os monstros e passamos a ver santos apenas em nós mesmos.

A violência dói. É claro que dói.

Dói por anos. Suas consequências nos perseguem nos sonhos, nos sufocam quando acordados.

Às vezes, parece que a pele toda está machucada por fora, mas a gente sangra é por dentro.

Dói ver o filho baleado, a mãe espancada, a irmã morta e torturada por um sádico, um psicopata.

Dá vontade de matar, dá vontade de morrer.

Dá vontade de ter alguém para nos proteger, mas Deus continua em silêncio.

E a gente se pega torcendo pelo pior, por um massacre em massa, algo que extermine o mal de vez da face da Terra.

Em nome disso elegemos fascistas, damos à eles as chaves dos campos de concentração, vibramos pela luta dos gladiadores até sua morte, exigimos execução em praça pública, fomentamos guerras, nos armamos até os dentes e esperamos nas trincheiras, escondidos, para pegar o mal desprevenido.

E em nome do bem matamos, em nome do bem roubamos, torturamos, violentamentos e, quando achamos que tudo está sob controle, que o mal foi erradicado, a gente olha para o espelho...

E o mal nos olha de volta.


 
 
 
  • 7 de out. de 2018
  • 1 min de leitura

Eu resolvi deixar as coisas mais leves.

Os pensamentos, os amores, as minhas contradições e exigências, até mesmo a revolta nas redes sociais.

Eu tenho aprendido que algumas coisas não valem a pena gritar. Tudo que é muito alto ensurdece, desnorteia. Luzes brilhantes demais cegam os olhos.

Assim também são as verdades.

Ainda não encontrei a sutileza de que preciso. E, se sou assim,é por que raras vezes fui ouvida sem escândalo.

As pessoas não sabem ouvir as frequências mais baixas. Entre 8 e 80, elas costumam menosprezar o que está abaixo do 80.

Eu já tive medos menosprezados que só foram devidamente entendidos após gritos e choro.

O fato é que falta empatia e escuta, falta olho no olho, sensibilidade.

Eu acredito que todos temos um rádio interno e estamos acostumados a ajustá-lo em frequências altas, agressivas, hostis. Não é atoa que candidatos radicalistas atraem multidões.

A sutileza é pouco cultivada, pouco ensinada, pouco reproduzida. A sutileza incomoda, por que ela implica em trabalho árduo e constante. Implica em policiamento do nosso pior lado, nossas piores ideias.

É mais cômodo aceitar o barulho, a justiça com as próprias mãos, a revolta.

Mas, um dia, você acorda com um gosto amargo na boca e percebe que alguma coisa no seu peito não vai bem. E, como uma infecção, o amargor se alastra, e você percebe que não está sendo o melhor que poderia ser.

Isso é o contrário de amor. E não, não é ódio, é pior do que isso, é uma podridão, é uma desumanização de si mesmo.

Os demônios somos nós.



 
 
 
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